Abortei o amor na clandestinidade dos excluídos, dos subversivos, dos exilados frente à própria felicidade. Não tinha direito a tanto, a tudo; o direito de governar-me nunca me fora entregue bem como as chaves do deserto de peles com que me cubro, e não me cabem. Abortei as faltas que, talvez, não me caibam como quem reduz ao pó a própria inexistência do grito a procura de alento. Os excessos presos a garganta um nó de palavras símbolos e signos, corroboradas em cartas extraviadas na imensidão do afeto sepultado. Ao morto, duas moedas de prata sobre os olhos, o devido.
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