As formas de loucura sem sentido

Às vezes tenho vontade de fazer as malas e partir, mas só ás vezes é que tenho essa vontade de ser eu mesmo; em geral fico quieto e obstinado, obedecendo ao jogo flutuante aceito veladamente no exato momento do embarque. Houve a partida sem despedida e a percebi no momento em que olhei para trás e o passado já não estava mais no lugar que eu acreditei que devesse estar.

Tudo é muito confuso para ser descrito, ainda mais em cartas fantasmas, sem destinatários ou datas. Enviarei a você, que sou eu na medida em que lê o que escrevo, na medida em que me lê, os trechos que ainda me constituem forma e força, as pistas deixadas ao acaso, para o caso de alguém decidir procurar por mim, e você, por aí.

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