embarcações e navios fantasmas
há muitos rascunhos, rabiscos, excessos, abscessos, nódulos e restos. há escritos abortados, e tristezas desprezadas, e muita secura. Em alguns baús existe e integridade, a preservação alcançou letras salvas pela arca – que leva o nome de ‘backup’. Pretendo trazer a superfície quase tudo o que foi salvo. Muito terminei de matar com a certeza de que era o bem maior a ser feito. Alguns contos e poemas sobreviveram a enchente, merecem o perdão, a cura, a restituição, a eternidade. Quase sempre detesto o que escrevi, quase sempre detesto não escrever por detestar o que escrevo. e o que significa tudo isso?, quem pode significar a existência e lhe dar algum mínimo sentido? o que faço eu para estar aqui enquanto tantos não...
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