Encontros e Despedidas

Estudando atos de fala, a pragmática e afins, vi que a ação está presente no discurso. A discussão é longa e me apaixona: linguagem é mesmo um tema delirante de tão bom! Melhor ainda podê-lo estudar no curso que escolhi fazer. Mas será que a linguagem opera como estruturante também na identidade de um indivíduo?

Sei lá porque raios pensei nisso, mas é que o desejo de ser antropólogo tem conflitado com o desejo de voltar a ser tão somente aquele garoto que curtia ficar no seu quarto devorando os livros de literatura da biblioteca municipal.
Fica parecendo que a cada passo dado, já não há mais essa opção. (Como se o surgimento de uma identidade W em um determinado indivíduo destoasse de sua identidade anterior, de sua identidade Z - como se ser WZ não fosse possível).
Têm-se, daí, os ditos encontros & despedidas: como se encontrar algo de bom fosse também despedir-se de algo que também fora bom, mas que já não é mais compatível com o momento atual. Um epitáfio possível para essa situação seria: As coisas são simples na medida em que não são nada simples.

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